Meus irmão amparai os abandonados! se soubessem quanto é triste estar só e abandonado, sobretudo quando criança! Deus permite que existam abandonados para nos animar a lhes servirmos de pais.
Que divina caridade, a de ajudar uma pobre criaturinha abandonada, livrar-la da fome e do frio, orientar sua alma, para que ela não se perca no vício!
Quem estende a mão a uma criança abandonada é agradável á Deus, porque demonstra compreender e praticar a sua lei.
Lembrai também de que, frequentemente, a criança que agora socorreis vos foi cara numa encarnação anterior, e se o pudésseis recordar, o que fazeis já não seria caridade, mas o cumprimento de um dever.
Assim portanto, meus amigos, todo sofredor é nosso irmão e tem direito á nossa caridade.
Não a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão que a recebe, pois os nossos óbulo são frequentemente muito amargo!
Dai com ternura, juntando ao beneficio material o mais precioso de todos: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo.
Evitai esse ar protectoral, que resolve a lâmina no coração que sangra, e pensai que, ao fazer o bem, trabalhais para vós e para os vossos.
Que pensar das pessoas que, sofrendo ingratidão por benefícios prestados, não querem mais fazer o bem, com medo de encontrar ingratos?
Essas pessoas tem mais egoísmo do que caridade, por que fazer o bem somente para receber provas de reconhecimento é deixar de lado o desinteresse, e o único bem agradável á Deus é o desinteressado.
São ainda orgulhosas, porque se comprazam na humildade do beneficiado, que deve rebaixar-se ao seus pés para agradecer-lhe.
Aquele que busca na Terra a recompensa do bem que faz, não a receberá no céu, mas Deus a reservará para o que assim não procede.
É necessário ajudar sempre os fracos, mesmo sabendo que o beneficiado não nos agradecerão.
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