sábado, 24 de outubro de 2009

ESPÍRITOS ENDURECIDOS

A RAINHA D'OUDE

Morta Na França Em 1858.


EVOCAÇÃO:
-Qual a sensação sentiste em deixando a vida terrestre?
R= Não saberia dizer-lo; tenho ainda perturbação.
-Sois feliz?
R= Lamento a vida... eu não sei... sinto uma dor purgante; a vida, dela ter -me- ia livrado...gostaria que meu corpo se levantasse do sepulcro.
-Lamentais não ter sido enterrada em vosso país, e estar entre os cristãos?
R= Sim, a terra indiana me pesaria menos em meu corpo.
-Que pensais das honras fúnebres prestadas aos vossos despojos?
R= Foram bem pouca coisas; eu era rainha, e nem todos dobraram joelhos diante de mim... deixai-me...não me forçais a falar...não quero que saibais o que sou agora...eu fui rainha,sabei-o bem.
-Respeitamos a vossa classe, e vos pedimos consentir-nos responde para a nossa instrução. Pensais que o vosso filho recobrará um dia os estados de seu pai?
R= Certamente o meu sangue reinará; disso é digno.
-Dais a reintegração de vosso filho a mesma importância que quando viva?
R= meu sangue não pode ser confundido na multidão.
-Não se pôde inscrever no vosso atestado de óbito o vosso lugar de nascimento poderíeis dizê-lo agora?
R= Nasci do mais nobre sangue da Índia. Creio que nasci em Delhi.
-Vós, que vivestes nos esplendores do luxo, cercada de honras, que pensais disso agora?
R= Eram-me devidos.
-A classe que ocupastes sobre a terra vós dá outra mais elevada no mundo onde estais hoje?
R= Eu sou sempre rainha...que se me enviem escravos para servi-me!...Eu não sei...parece-me não se incomodarem comigo aqui...todavia sou sempre eu.
-Pertencieis á religião muçulmana ou uma religião hindu?
R= Muçulmana; mas eu era muito grande para me ocupar de Deus.
-Que diferença fazeis entre a religião que professáveis e a religião cristã para a felicidade da humanidade.
R= A religião cristã é absurda; ela diz que todos são irmão.
-Qual a vossa opinião sobre Maomé?
R= Ele não foi filho de rei.
-Credes que ele teve uma missão divina?
R= Que importa isso!
- Qual é a vossa opinião sobre o Cristo?
R= O filho de um carpinteiro não é digno de ocupar o meu pensamento.
-Que pensais do uso que subtraia as mulheres muçulmanas aos olhares dos homens?
R= Penso que as mulheres são feitas para dominar; eu era mulher.
-Algumas vezes invejastes a liberdade de que gozam as mulheres na Europa?
R= Não; que me importava a sua liberdade? servem-nas de joelho?
-Lembrai-vos de ter outras existências sobre a Terra, antes da que acabais de deixar?
R= Eu devo ter sido sempre rainha.
-Porque viestes tão prontamente ao nosso chamado?
R= Eu não o quis; fui forçada a isso...pensais, pois, que eu fosse digna de responder? Quem sois vós, pois, perto de mim?
-Quem vos forçou a vir?
R= Não o sei...entretanto, não deve ser maior do que eu.
-Sob qual forma estais aqui?
R= Sou sempre eu rainha...pensas tu, pois, que cessei de sê-lo?...Sois pouco respeitosos...sabei que se fala de outro modo ás rainhas.
- Se pudéssemos ver-vos, vê-la-íamos com os vossos adornos, as vossas jóias?
R= Certamente!
-Como ocorre que tendo deixado tudo isso, vosso Espírito haja conservado a sua aparência, sobretudo de vossos adornos?
R= Ele não me foram tirados...sou sempre tão bela como era...não sei que ideia fazeis de mim! É verdade que jamais me vistes.
-Que impressão sentis em vos encontrar em nosso meio?
R= Se pudesse não estaria aqui; me tratais com tão pouco respeito!
Nota:
Esse é, um típico Espírito ainda endurecido com sua cegueira espiritual, com seu orgulho.
Sua passagem pela terra foi de arrogância. mantendo aindo depois do desencarne todas as suas deficiência moral.
Nela as vaidades, o orgulho, as ideias terrestre conservaram toda a sua força. nada ela perdeu de suas ilusões, sofrendo muito com a sua importância.

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