segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DIA DE FINADOS NA VISÃO ESPÍRITA

O Dia de Finados.
A origem do dia de Finados nos leva ao ano de 998, há mais de 1.000 ano,quando o abade da Ordem dos beneditinos em Cluny,França, instituiu em todos os mosteiros da Ordem naquele país a comemoração dos mortos, a 2 de Novembro, culto que a santa Sé aplaudiu e oficializou para todo o Ocidente.

DIA DE FINADOS NA VISÃO ESPÍRITA

A propósito do dia de finados, é interessante discorrer sobre questionamentos com os quais de vez em quando somos colhidos por parte de conhecidos, curiosos ou interessados em se iniciar nos assuntos relativos à espiritualidade.

De vez em quando alguém pergunta "por que o espírita não vai ao cemitério" (no dia de finados, mais especificamente). Cabe aqui, portanto, um esclarecimento útil.

Primeiro: nenhum espírita, em virtude de ideologia religiosa, ou limitação de qualquer tipo imposta pela doutrina, "não pode" ir ao cemitério em qualquer época. Efetivamente conheço muitos, simpatizantes, ou espiritualistas convictos, que narram de suas visitas a túmulos de parentes ou conhecidos.

Segundo: o que ocorre mais amiúde é que, em detendo o espírita a tranqüila convicção de que seu ente querido não mais se demora por estas bandas, tendo demandado estâncias outras, mais ricas, de vida, guarda a consciência clara de que tudo o que ficou na sepultura foi a "roupagem gasta", e não mais, portanto, a pessoa com quem compartilhou experiências e afeto.

Terceiro: isto não implica em que o espírita sincero condene ou critique o posicionamento dos demais semelhantes que, de todo o coração, prestam com sinceridade as suas homenagens aos seus afeiçoados que se anteciparam na viagem deste para o outro lado da vida. Aliás, reza no próprio conhecimento da doutrina que muitos desencarnados visitam, efetivamente, os cemitérios por ocasião da data, em consideração às demonstração de amor com que ali são distinguidos. E muitos outros ainda, afeitos aos costumes dentro dos quais desenvolveram suas experiências na matéria, conferem ainda subida importância a este gesto, ressentindo-se, de fato, daqueles que não o prestem nas datas de molde a serem lembrados.

Vistas estas considerações, é sensata a conclusão de que jamais cabe padrão algum de conduta no que toca ao sagrado universo íntimo humano. Cada agrupamento familiar terreno é único e peculiar, e ninguém melhor do que os seus componentes para estarem inteirados do que atinge ou não atinge mais de perto a cada um; o que convém ou o que não convém em matéria de sentimento e dedicação, cujos estágios e características se multiplicam ao infinito correspondente do número de habitantes do vasto universo humano.

Efetivamente, somos do lado de "lá" o que fomos aqui. É dever comezinho não só do espírita, quanto de qualquer pessoa que se diga civilizada, respeitar a diversidade dos caminhos escolhidos que, destarte, haverão de conduzir a cada ser, no tempo certo, ao mesmo ponto de encontro comum na intimidade das luzes divinas. Questão de temperamento, de agrupamento humano, de fé e de hábitos, o ir ou não ir ao cemitério, de vez que é na sinceridade do gesto, e não no gesto em si, que se vislumbra a verdadeira homenagem aos desencarnados, de forma que, amor pelos mesmos, podemos dirigir-lhes tanto do recesso abençoado do nosso recanto de meditação no lar, quanto do ambiente de qualquer templo religioso, ou ainda diariamente, no movimento tumultuado das ruas, ou também no cemitério, a qualquer dia do ano.

De forma que aqueles que partiram nos amando de todo o coração haverão de valorizar e entender a nossa melhor intenção ao seu respeito, seja de onde for que se irradie, colhendo-os de pronto, pela linguagem instantânea do coração e do pensamento. Os que foram afeitos aos hábitos costumeiros do dia de finados, na medida de suas possibilidades espirituais após a transição lá estarão, junto à sepultura física, colhendo com sincera afeição os votos de paz e as preces que lhes estejam sendo dirigidas. Os provenientes dos lares espiritualistas na Terra receberão as mesmas demonstrações de amor a qualquer tempo, em qualquer data que faça emergir naqueles que ficaram para trás no aprendizado físico as gratas lembranças com que são evocados.

O importante é que espíritas e não espíritas têm em comum, em relação aos seus amados que já se foram, à qualquer época, a linguagem inconfundível do amor entre as almas. Enxerguemos acima dos horizontes das limitações de visão humanas para alcançarmos com clareza a compreensão de que é assunto individual a forma como celebramos o nosso afeto para com os nossos entes queridos, e que o fator da sinceridade e da intenção é o que de fato conta, na hora da certeza de que nossas preces e votos de paz serão bem recebidos por aqueles que prosseguem nos amando de igual forma na continuidade pura e simples da vida, que a todos aguarda para além das portas da sepultura, sob as bênçãos de Jesus.

sábado, 23 de outubro de 2010

PENSAMENTOS

Foto: Estar Bem Corpo & Alma.




A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.


Chico Xavier.

sábado, 16 de outubro de 2010

MEMORIA - ALLAN KARDEC

Allan kardec,

Nascido em 3/10/1804, em Lion, França.
Fez ali seus primeiros estudos, completados em Yverdun (Suiça), com o Professor Pestalozzi, de quem se tornou um dos seus mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado.

Aplicou-se na propaganda do sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma nos estudos na Alemanha e França.

Muitas vezes, quando Pestalozzi era chamado a outras cidades, confiava a Denizard Rivail a direção da sua escola.

Denizard foi linguísta, conhecendo a fundo o alemão, inglês, italiano e espanhol, tendo também conhecimento do holandês.

Além disso, tinha maneiras distintas, humor jovial, era bom e obsequioso.

Mais tarde fundou em Paris um instituto semelhante ao de Pestalozzi, tendo como sócio um de seus tios.

Casou-se em 6/2/1832 com Amélie Boudet.

Poucos anos depois, seu tio perdeu grande soma de dinheiro no jogo, levando o Instituto a falência.

O restante de dinheiro que coube ao casal foi aplicado no comércio de um amigo, cuja falência terminou com o dinheiro.

Para superar esta fase ruim o casal lançou-se ao trabalho, sendo que Denizard encarregou-se da contabilidade de três casas, e terminando o dia, escrevia a noite, gramáticas, aritméticas, livros para estudos pedagogicos; traduzia obras inglesas e alemãs e preparava os cursos de Levy-Alvares. Organizou também em sua casa cursos gratuitos de química, física, astronomia e anatomia, de 1835 a 1840.

Em 1824 publicou, segundo o metodo Pestalozzi, o Curso prático e teorico de aritmética.

Em 1828, Plano apresentado para melhoramento da instrução pública, em 1831, Gramática francesa clássica, 1846 o Manual de exames para obtenção dos diplomas de capacidade, em 1848 o Catecismo gramatical da língua francesa.

Finalmente, em 1849, tornou-se professor no Liceu Polimático, nas cadeiras de Fisiologia, Astronomia, Química e Física.

Depois publicou uma obra, que resumia seus cursos: Ditados normais dos exames na Municipalidade e na Sorbone; Ditados especiais sobre dificuldades ortográficas.

Essas diversas obras foram adotadas pela Universidade da França, o que proporcionou ao Denizard um modesta abastança.

Pode-se ver que seu nome era conhecido e respeitado, antes que imortalizasse o nome Allan Kardec.

Foi em 1854 que o Sr. Rivail ouviu pela primeira vez falar nas mesas girantes, a princípio do Sr. Fortier, com quem mantinha relações em razão dos seus estudos sobre magnetismo, que disse que mesas podiam não apenas girar, mas também respondia perguntas.

A essa afirmativa o Prof. respondeu que acreditaria quando o provassem que uma mesa tinha cerebro para pensar, nervos para sentir e que pode se tornar sonambula.

Até lá, permita-me ver apenas uma fabula para provocar sono.

Tal era o estado de espírito do Sr Rivail, não negava a princípio, mas pedindo provas e querendo observar para crer; tais nos devemos mostrar sempre no estudo dos fatos Espíritas.

É difícil resumir um fato que historicamente marca o início dos estudos de um homem Hipolyte Leon Denizard Rivail que era conhecido como grande educador e pessoa de extremo bom-senso.

Mas, considero importante em qualquer estudo sistemático, conhecer como começou aquilo tudo que se vai estudar.

Professor Rivail era um homem céptico.

Não abraçava religião alguma, e, como os grandes pensadores de sua epoca, simpatizava com os pensamentos que formariam o Positivismo.

Nesta mesma época iniciara em toda Europa uma série de fenômenos que ficaram conhecidos como "mesas girantes".

Estes fenômenos ficaram muito populares na epoca, sendo uma das atividades de entretenimento nas festas, em meio a comida, bebida e piadas.

Aconteciam mais ou menos assim: algumas pessoas se sentavam em torno de uma mesa, e, com as mãos pousadas sobre ela, faziam-na girar, pular, levitar, etc.

Estes fatos evoluiram um pouco, e o objeto passou a responder perguntas com pancadas no chão ou fazendo um ruído que parecia vir de dentro dela.

Isso aumentou ainda mais o divertimento nas festas.

Mas nosso Professor não se interessava por estas festas.

Até que, um amigo, a quem tinha em elevada consideração e estima, o convidou para uma reunião com o objetivo de conhecer o fenômeno das mesas girantes.

Durante essa reunião foram feitas perguntas a uma mesa, que respondia por pancadas.

Então o nosso Professor percebeu o que muitos, talvez não tivessem percebido ainda, e concluiu "todo fenômeno inteligente tem que ter uma causa inteligente".

Então começou a pesquisar de que forma objetos poderiam expressar inteligência.

Investigou a ação do pensamento das pessoas sobre os objetos, investigou o fato de algumas pessoas produzirem fenômenos que outras não podiam, investigou a manifestação de alguma força da natureza ainda desconhecida, e, concluiu que, necessariamente, a inteligência demonstrada pelos objetos tinha uma origem externa.

Em um trabalho extenso de compilação, analisando as informações colhidas em muitas reuniões para estudo deste fenômeno, e através do desenvolvimento do "meio de comunicação" o nosso Professor compilou "O Livro dos Espíritos".

Mas não seria conveniente usar seu nome, bastante conhecido na época. Era importante que este livro fosse publicado por um autor desconhecido, para que o público pudesse analisar a obra imparcialmente. Nosso professor então adotou o pseudônimo Alan Kardec.

Com o passar do tempo as mesas girantes cairam em desinteresse, como acontece com todos os jogos de salão, que não conseguem entreter espectadores avidos por novidades muito tempo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O PERISPÍRITO




O espírito, em si, não tem forma definida e transcende a matéria. É como que uma centelha divina, um “clarão”.
A origem de todos os espíritos está na Causa Primária de tudo, no Absoluto, em Deus. Para que o espírito possa se manifestar nos planos materiais, desde os mais sutis até os mais densos, como é o nosso caso, ele precisa de “corpos”. Para poder se expressar neste nível físico denso, precisa do corpo carnal.
Mas entre o espírito, que não tem forma definida, e o corpo físico, existem outros corpos que são intermediários, pois a natureza não dá saltos, tudo é gradativo.

O perispírito é um corpo sutil, que toma a forma humana e pode se apresentar em variados graus de densidade energética. É invisível aos olhos do corpo, mas artavés da clarividência podemos “vê-lo”. As energias que partem das camadas mais profundas do Ser até o corpo físico (e vice-versa) passam pelo perispírito.

Quando vemos um espírito, seja em sonhos ou em estado de vigília, é o perispírito dele que enxergamos.

Hoje, seu corpo mais denso de expressão é o corpo físico. Quando você desencarnar, será através do perispírito que você se manifestará, pois ele não desaparece com a morte do corpo carnal.

Vejamos o que diz O Livro dos Espíritos, obra básica para entendermos a codificação espírita:

“Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal e os seres imateriais o mundo invisível ou espírita, quer dizer, dos espíritos.

O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente de tudo.

O mundo corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita.

Os espíritos revestem, temporariamente, um envoltório material perecível, cuja destruição, pela morte, os torna livres.

Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhe dá a superioridade moral e Intelectual sobre os outros.

A alma é um espírito encarnado, do qual o corpo não é senão um envoltório.

Há no homem três coisas: 1º – O corpo ou ser material análogo aos dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – A alma ou ser imaterial, espírito encarnado no corpo; 3º – O laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o espírito.”

Não tenha medo dos espíritos. Você é um espírito. Está encarnado neste corpo e esqueceu que a vida é eterna!

Amigos de outras existências estão te esperando no plano espiritual. Outros encarnaram com você. Não existe castigo eterno, pois Deus é a infinita Bondade.
Fonte: Revista cristã de espiritimo.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...