quinta-feira, 30 de abril de 2009

MENSAGEM DE ANDRÉ LUIZ

A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões.



O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso.


Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimento, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.



Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.



Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.



Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna! É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!...



Seria extremamente infantil a crença de que o simples " baixar do pano" resolvesse transcendentes questões do infinito.



Uma existência é um ato.


Um corpo- uma veste.


Um século- um dia.


Um serviço- uma experiência.


Um triunfo- uma aquisição.


Uma morte- um sopro renovador.



Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?


E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!



Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!


É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira- ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vasta dissertações sem palavras articuladas.

Muita longa, portanto, nossa jornada laboriosa.

Nosso esforço pobre quer traduzir apenas uma ideia dessa verdade fundamental.

Grato, pois, meus amigos!

Manifestamo-nos, junto a vós outro, no anonimato que obedece a caridade fraternal. A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não pode conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. Não atormentaremos alguém com a ideia da eternidade. Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar, forneceremos, somente, algumas ligeiras noticias ao espírito sequioso dos nossos irmãos na senda de realização espiritual, e que compreendem conosco que "O Espírito sopra onde quer".

E, agora, amigos, que meus agradecimentos se calem no papel, recolhendo-se ao grande silencio da simpatia e da gratidão. Atracão e reconhecimento, amor e júbilo moram na alma. Crede que guardarei semelhantes valores comigo, a vosso respeito no santuário do coração.

Que o Senhor nos abençoe.

Mensagem Extraído do livro "Nosso Lar".

André Luiz.


sábado, 25 de abril de 2009

COLÔNIA ESPIRITUAL "NOSSO LAR"

NOSSO LAR TEM A FORMA DE UMA ESTRELA
DE SEIS PONTAS, LOCALIZANDO-SE A GOVERNADORIA
NO CENTRO DO CÍRCULO EM QUE ESTA ESCRITO A ESTRELA.
Nosso Lar
( Plano piloto)
Mencione-se, desde logo, que existem dois desenhos, o primeiro que abrange apenas a estrela, onde se localiza a Governadoria e os conjuntos habitacionais, inscritos dentro dela, destinados aos trabalhadores de cada Ministério; o segundo já engloba mais além, os conjuntos residenciais que, conquanto ainda afetos aos trabalhadores do Ministério, podem ser adquiridos por estes, através de "bonus-horas" e são suscetíveis de transmissão hereditária. Também nele se vê a grande muralha protetora da cidade.

A cidade tem a forma de uma estrela de seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.Da Governadoria partem as coordenadas que dividem a cidade em seis partes distintas, afetas, cada uma, ao mesmo número de organizações especializadas, em que desdobra a administração pública, representadas, como já se disse, pelos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.Assim, a cidade está dividida em seis módulos, cada um deles partindo da Governadoria, junto à qual se eleva a torre de cada ministério, configurando-se como um centro administrativo.À frente deles está a grande praça que os circunda e que, para que se avalie o seu tamanho, está apta para receber, comodamente, um milhão de pessoas. A médium (Heigorina Cunha) descreve-a como belíssima, como piso semelhante ao alabastro, com muitos bancos ao seu redor, sendo que, nos espaços em que se vê o encontro dos vários vértices das bases dos triângulos, por detrás dos bancos, existem fontes luminosas multicoloridas, e em torno delas, flores graciosas e delicadas.Além da praça temos os núcleos residenciais em forma de triângulo e que, como já se disse, se destinam aos trabalhadores de cada Ministério, sendo que os mais graduados residem mais próximos às praças e, portanto, ao centro administrativo. Essas casas pertencem à comunidade e se um trabalhador se transfere para outro Ministério, deve mudar-se também para residir junto ao seu local de trabalho. Os quadros que se vêem desenhados dentro do triângulo, e junto à muralha, são quadras onde se erguem as residências.Nos espaços que medeiam entre um núcleo habitacional e outro, seja e, direção à muralha, seja em direção ao núcleo correspondente ao Ministério vizinho, existem grandes parques arborizados onde se erguem outras construções que foram detalhadas na planta, destinados ao lazer ou serviços aos habitantes. Vê-se, por exemplo, no parque do Ministério da Regeneração, a locação do seu Parque Hospitalar; no Ministério da União Divina. o Bosque das Águas e, no Ministério da Elevação, o Campo da Música, todos referidos no livro Nosso Lar.Cada núcleo residencial é cortado, no centro, por ampla avenida arborizada que o liga à praça principal e à Governadoria, e que se inicia junto à muralha.Entre os núcleos em forma de triângulo e a muralha, estão os núcleos residenciais destinados aos Espíritos que, por seus méritos, podem adquirir suas casa mediante pagamento em bonus-hora, que é a unidade monetária padrão, correspondente a uma hora de trabalho prestado à comunidade. Estas casas, pertencendo aos que as adquiriram podem ser objeto de herança. Na planta aparecem umas poucas quadras, mas na verdade são muitas quadras, a perderem-se de vista e que se alongam até a muralha.Circundando toda a cidade, está a grande muralha protetora, onde se acham assestadas as baterias de proteção magnética, para defesa contra as arremetidas dos Espíritos inferiores, o que não deve estranhar porque, como sabemos, a cidade está situada numa esfera espiritual de transição, abrigando espíritos que ainda devem reencarnar.Por fora da muralha estão os campos de cultivo de vegetais destinados à alimentação pública.



A planta da cidade, no entanto, carece de medidas que nos propiciem uma exata compreensão de seu tamanho.Mas podemos imaginar sua magnitude pelas referências que André Luiz nos faz.É uma cidade amplamente disposta, para um milhão de habitantes.O "aeróbus", correndo numa velocidade que não permite fixar os detalhes da paisagem e com paradas de três em três quilômetros, demora quarenta minutos para ir da Praça da Governadoria até o Bosque das Águas, que está localizado na planta.

Em síntese, é o que nos mostra o plano piloto da cidade, configurado na planta que nos veio ao conhecimento por intermediação de nossa irmã Heigorina Cunha.
Do livro "CIDADE NO ALÉM"Pelos Espíritos Lúcius e André Luiz,Médiuns: HEIGORINA CUNHA (desenhos da cidade via desdobramento) e FRANCISCO CÂNDIDO XAVIEREditora: IDE
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Anotações Em Torno de "NOSSO LAR " Por: André Luiz.

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1 - O irmão Lucius fez quanto pôde, a fim de trazer, aos amigos domiciliados no Plano Físico, alguns aspectos de Nosso Lar, a colônia de trabalho e reeducação a que nos vinculamos na Espiritualidade, especialmente o plano piloto que lhe diz respeito.Para isso, encontrou a dedicação da médium Heigorina Cunha, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, no Brasil.2 - Terá conseguido transmitir, minuciosamente, toda a imagem do vasto contexto residencial a que nos referimos?Decerto que não, mas estamos à frente de uma realização válida pelas formas e idéias básicas que o mencionado amigo alinhou, cuidadosamente, através do intercâmbio espiritual.3 - Justo lembrar aqui os mapas que Cristóvão Colombo desenhou, por influência de Mentores e Amigos Espirituais, antes de desvelar a figura da América.Semelhantes esboços não continham a realidade total, no entanto, demonstram, até hoje, que o valoroso navegador apresentava a configuração do Novo Continente, em linhas essenciais.4 - Convém esclarecer que Nosso Lar é uma colônia-cidade, habitada por homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam do corpo físico.Outras colônias-cidades espirituais, porém, existem, às centenas, em torno da Terra, obedecendo às leis que lhe regem os movimentos de rotação e translação.5 - Em toda parte, depois do berço, o homem, no centro da Natureza, é defrontado pelos princípios de seqüência.Depois da morte também.6 - Atendendo aos ditames da reencarnação e da desencarnação, nascem na experiência física e liberam-se dela milhares de criaturas humanas, no estado mental em que se comprazem.7 - Quantos abordam o mundo material através do renascimento, evidenciam-se na condição em que se achavam, no Plano Espiritual, procedentes do mundo, lá se revelam tal qual se encontram, seja em matéria de evolução ou seja ante a contabilidade da lei de causa e efeito.8 - Ninguém é constrangido a pensar dessa ou daquela forma, por força dos princípios universais que nos governam.Cada consciência, encarnada ou desencarnada, é livre, em pensamento, para escolher o caminho que lhe aprouver, ainda que esteja, transitoriamente, nos resultados infelizes de opções que haja feito, no passado, resultados nos quais a criatura pode amenizar ou agravar a própria situação, na pauta da conduta que adote.9 - Compreensível que os seres humanos transfiram para a Vida Espiritual, quando lhes ocorra desencarnação, os ideais nobilitantes e as paixões deprimentes, os desgostos e as alegrias, a convicção e a descrença, os valores do entendimento e os desmandos da inteligência, o conhecimento deficitário e a ânsia de elevação de que se vejam possuídos.10 - Renascendo na Terra, a personalidade espiritual permanece internada na veículo físico, cercada de testes que lhe aferem o valor alcançado, com alicerces na assimilação do que já tenha realizado de melhor, em si mesma; e, desencarnado, essa mesma personalidade patenteia, claramente, o que é, como está e em que degrau evolutivo se acomoda, irradiando de si própria o clima espiritual em que se lhe apraz viver e conviver.11 - No berço terrestre, a pessoa se reassume na família ou no grupo social em que deva reaprender lições e conclusões do pretérito, com o resgate de débitos que haja contraído, ou em que possa prosseguir nas tarefas de amor e cooperação às quais livremente se empenha.12 - Na desencarnação, essa mesma pessoa retoma a companhia do grupo espiritual com que se afina, de modo a continuar mentalmente estanque, como deseja, ou de maneira a colher os resultados felizes no esforço de auto-sublimação que haja desenvolvido no Plano Físico, seja pelo aperfeiçoamento realizado em si mesma ou seja pelas tarefas enobrecedoras que tenha iniciado, entre os homens, entrando naturalmente no grupo de elevação a que se promoveu.13 - Todo espírito é livre, no pensamento, para melhorar-se, melhorando o campo de vivência em que esteja, ou para complicar-se, complicando o campo de experiências a que se vincule.14 - Nas colônias-cidades ou colônias-parques que gravitam em torno do Plano Físico, para domicílio transitório das inteligências desencarnadas, é natural que a luta do bem para extinguir o mal ou o desequilíbrio da mente, continue com as características que lhe conhecemos na Crosta da Terra.15 - A morte não opera milagres. O ser humano, além ela, prossegue no trabalho do auto-burilamento ou estacionário, enquanto não aceite a obrigação de renovar-se e evoluir.16 - As religiões, a filosofia e a ciência continuam, por necessidade das criaturas desencarnadas, crendo, estudando e experimentando na sustentação do progresso e do aprimoramento humano, oferecendo vastos domínios de serviço nobilitado aos seus intérpretes, cultivadores e expoentes.17 - Considerando a densidade das multidões de espíritos desencarnados, desvalidos de orientações, vítimas de paixões acalentadas por eles próprios, analfabetos da alma, desvairados pelos sentimentos possessivos, portadores de enfermidades e conflitos que eles mesmos atraem e alimentam, espíritos imaturos e desinformados, de todas as procedências, é necessário que o lar de afinidades, o templo da fé, a escola e a predicação, a prece e o reconforto, o diálogo e a instrução, o hospital e a assistência, o socorro e os tratamentos de segregação, funcionem, nas comunidades do Mais Além, com extremada compreensão de quantos lhes esposam tarefas salvadoras.18 - Para o esclarecimento gradativo dos espíritos desencarnados, que se revelam necessitados de apoio e e instrução ( e contam-se por milhões), a palavra articulada, falada ou escrita, irradiada ou televisada, ainda é o processo mais rápido de comunicação, embora a telepatia e a sublimação contêm, além da morte, com círculos de iniciados, cada vez mais amplos, em elevados níveis de entendimento.19 - Justo que a didática, no Mais Além, utilize a lição, o exame, a exposição prática, os cursos vários de introdução ao conhecimento superior, a disciplina, o apólogo, a fábula, os exemplos da história e todos os recursos de auxílio aos companheiros necessitados de conhecimento e motivação para o bem deles próprios.20 - Nas comunidades de criaturas desencarnadas, a afinidade é o clima ideal para a união dos seres, o interesse pela ascensão do espírito aos planos superiores é a marca de todos aqueles que já despertaram para o respeito a Deus e para o amor ao próximo, o trabalho do bem é incessante, a religião não tem dogmatismo, a filosofia acata os melhores pensamentos onde se manifestem, a ciência é humanitária e o esforço pelo próprio aperfeiçoamento íntimo é impulso infatigável em todas as criaturas de boa vontade.22 - Além da morte, a vida continua e, com mais clareza, aí se vê a realidade da teologia simples que rege a evolução, em tudo o que a evolução possua em comum com a Natureza: "A cada um segundo as suas próprias obras".

ANDRÉ LUIZUberaba, 17 de junho de 1983.( Anotações recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, Minas Gerais)
Do livro "CIDADE NO ALÉM"Pelos Espíritos Lúcius e André Luiz,Médiuns: HEIGORINA CUNHA (desenhos da cidade via desdobramento) e FRANCISCO CÂNDIDO XAVIEREditora: IDE.

terça-feira, 21 de abril de 2009

SUSSAN BOYLE JÁ É CELEBRIDADE

Dezenas de fotógrafos e jornalistas fizeram plantão na cidade de Blackburn, na Escócia para tentar falar com Susan Boyle.A desempregada de meia idade impressionou o mundo inteiro após participar do programa Britain´s Got Talent.A produção é dirigida por Simon Cowell, que também é jurado no programa e ganhou fama ao ajudar pessoas comuns a se transformarem em estrelas da música. Apesar disso, Susan não convenceu os jurados na primeira vez que pisou no palco. A cantora foi até elogiada por astros de Hollywood como Demi Moore e Ashton Kutcher..e também já foi convidada para participar do programa de Oprah Winfrey.
Mas ele dissi que vai manter os pés no chão e que o programa ainda não acabou. 20 milhões de pessoas já assistiram sua performace na internet.
Parabéns!!! Sussan.
O SOL NASCE PARA TODOS!
VOCÊ É UMA ESTRELA QUE SEMPRE ESTEVE PRONTA PARA CANTAR E ENCANTAR.
DEIXAMOS DE LADO O JULGAMENTO POR SIMPLES APARÊNCIA, E VEJAMOS AS PESSOAS NA SUA ESSÊNCIA ESPIRITUAL.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE

Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Estas três palavras constituem, por se só o programa de toda uma ordem social que realizaria o mais absoluto progresso da humanidade, se os princípios que elas exprimem pudessem receber integral aplicação.
Mas, o que vemos é totalmente o contrário; O Esquecimento dos homens que estão na rédeas de nossa sociedade trabalhando em pró de um materialismo desenfreado sem noção do mal que nos causa.
LIBERDADE: Um direito natural, é imprescritível para toda criatura Humana até os seres selvagens.
IGUALDADE: Respeito mútuo sem discriminação total, pois, somos seres de identidades diferentes.
A FRATERNIDADE: Na sua rigorosa acepção do termo, resume todos os deveres dos homens, uns para com os outros.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A DOUTRINA ESPÍRITA

O Espiritismo é a ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e sua relações com o mundo material. Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural, mas, pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente actuantes da natureza, como a fonte de uma infinidade de fenómenos até então incompreendido, e por essa razão rejeitados para o domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que Cristo se refere em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse foram falsamente interpretadas. O espiritismos é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
A lei dos Antigo Testamento está personificada em Moisés, a do Novo Testamento, em Cristo. o Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários. Trata-se de qualquer maneira, de um ser colectivo, compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo e a sorte que nele os espera.
Da mesma maneira que disse o Cristo: "Eu não venho destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento", também diz o espiritismo: "Eu não venho destruir a lei Cristã, mas dar-lhe cumprimento". Ele nada ensina contrário ao ensinamento de Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termo claros para todos, o que foi dito sob forma alegórica. Ele vem cumprir, na época predita, o que o Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. Ele é, portanto, obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou; a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

VAI, E VENDE O QUE TENS, E DÁ AOS POBRES

Se a riqueza tivesse de ser um obstáculo á salvação dos que a possuem, como se poderia inferir de certas expressões de JESUS, interpretadas segunda a letra e não segundo ao espírito? DEUS que a distribui, teria posto nas mãos de alguns um instrumento fatal de perdição, o que repugna á razão. A Riqueza é, sem dúvida uma prova mais arriscada, mas perigosa que a miséria, em virtude das excitações e das tentações que ela oferece, da fascinação que exerce. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. É o laço que mais poderosamente liga o homem á terra e desvia os seus pensamentos do céu. Produz tamanha vertigem, que vemos quase sempre os que passam da miséria á riqueza esquecerem-se rápidamente da sua antiga posição, bem como dos seus companheiros, dos que os ajudaram, tornando-se insensíveis, egoístas e fúteis. mas por tornar o caminho mais difícil, não se segue que torne inviável, e não possa vir a ser um meio de salvação nas mãos do que a sabe utilizar, como certos venenos que restabelecem a saúde, quando empregados a propósito e com discernimento.
Quando JESUS disse ao moço que o interrogava sobre os meios de atingir a vida eterna: "DESFAZE-TE DE TODOS OS BENS E SEGUE-ME" Jesus não pretendia estabelecer como princípio absoluto que cada um devia despojar-se do que possui,(ou seja que deveria dar tudo que tinha ao pobres e seguir-o) e que a salvação só se consegue a esse preço, mas mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo á salvação. Aquele moço, com efeito julgava-se quite com a lei, porque havia observado certos mandamentos, e no entanto, recuava á ideia de abandonar os seus bens; seu desejo de obter a vida eterna não ia até esse sacrifício. A proposição que JESUS lhe fazia era uma prova decisiva, para por ás claras o fundo do seu pensamento. Ele podia sem dúvida ser um padrão de homem honesto, segundo o mundo, não prejudicar a ninguém, não maldizer o próximo, não ser frívolo nem orgulhoso, honrar ao pai e á mãe. mas não tinha a VERDADEIRA CARIDADE, pois a sua virtude não chegava até á abnegação. Eis o que JESUS quis demonstrar. Era uma aplicação do princípio: "FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO."
A consequência daquelas palavras, tomadas na sua mais rigorosa acepção, tomada ao pé da letra, seria a abolição da fortuna, como prejudicial á felicidade futura e como fonte de incontável males terrenos; e isso seria também a condenação do trabalho, que a pode proporcionar, consequências absurda, que reconduziria o homem á vida selvagem, e que por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso que é a lei de DEUS.
Se a riqueza é a fonte de muitos males, se excita tantas más paixões, se provoca mesmo tantos crimes. não é a ela que devemos ater-nos, mas ao homem que dela abusa, como abusa de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que poderia ser-lhe mais útil, o que é uma consequência do estado de inferioridade do mundo terreno. Se a riqueza só tivesse de produzir o mal, Deus não a teria posto na Terra. cabe ao homem transformá-la em fonte do bem. Se ela não é uma causa imediata do progresso moral, é, sem contestação, um poderoso elemento do progresso intelectual.
O homem,com efeito, tem por missão trabalhar pela melhoria material do globo. Deve desbrava-lo, saneá-lo, dispo-lo para um dia receber toda a população, que a sua extensão comporta. Para alimentar essa população, que cresce sem cessar, deve aumentar a produção, se a produção de uma região for insuficiente, precisa ir buscá-la noutra. Por isso mesmo, as relações de povo a povo tornam se uma necessidade e para facilita-las é forçoso destruir os obstáculos materiais que os separam, tornar mais rápidas as comunicações. Para os trabalhos das gerações, que se realizam através dos séculos, o homem teve de extrair materiais das próprias entranhas da terra. Procurou na ciência os meios de executá-los mais rápida e seguramente; mas, para fazê-lo, necessitava de recursos; a própria necessidade o levou a produzir a riqueza, como o havia feito descobrir a ciência. A actividade exigida por esses trabalhos lhe aumenta e desenvolve a inteligência. Essa inteligência, que ele a princípio concentra na satisfação de suas necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais.
A riqueza portanto, sendo o primeiro meio de execução, sem ela não haveria grandes trabalhos, nem actividades, nem estímulo, nem pesquisas; com razão, pois, é considerada elemento do progresso.

sábado, 4 de abril de 2009

DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER

http://woodsy
"Dai de graça o que de graça recebestes", disse jesus aos seus discípulos, e por esse preceito estabelece que não se deve cobrar aquilo por que nada se pagou. Ora o que eles haviam recebido de graça era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demónios, ou seja, os maus Espíritos. Esse dom lhes foram dado gratuitamente por Deus, para alívio dos que sofrem e para ajudar a propagação da fé. Ele lhes diz que não o transformem em objecto de comércio ou de especulação, nem em meio de vida.
PRECES PAGAS
Disse ainda Jesus; Não façais que as vossas preces sejam pagas; não façais como os escribas, que, "a pretexto de longas preces, Devoram as casas das viúvas", quer dizer, apossam-se de suas fortunas.
A prece é um ato de caridade, um impulso do coração; fazer pagar aqueles que dirigimos a Deus pelos outros, é nos transformarmos em intermediários assalariados. A prece se transforma então, numa fórmula, que é cobrada segunda o seu tamanho. Ora, de duas, uma: Deus mede ou não mede as suas graças pelo número das palavras; e se forem necessárias muitas, como dizer apenas algumas, ou quase nada, por aquele que não pode pagar? Isso é uma falta de caridade. Se uma palavra é suficiente, as demais são inúteis. Então, como cobra-las? É uma prevaricação.
Deus não vende os seus benefícios, mas concede-os. Como, pois, aquele que nem sequer é o seu distribuidor, e que não pode garantir a sua obtenção, cobrar um pedido que talvez nem seja atendido? Deus não pode subordinar um ato de clemência, de bondade ou de justiça, que se solicita de sua misericórdia, a um determinado pagamento; mesmo porque, se o fizesse, o pagamento não sendo efectuado, ou sendo insuficiente, a justiça, a bondade e a clemencia de Deus ficariam em suspenso, A razão, o bom-senso, a lógica, dizem-nos que Deus, a perfeição absoluta, não pode delegar a criaturas imperfeitas o direito de estabelecer preços para sua justiça. pois a justiça de Deus é como o sol, que se distribui para todos, para o pobre como para o rico. Se considerarmos imoral traficar com as graças de um soberano terreno, seria lícito vender as do Soberano do Universo?
As preces pagas tem ainda um outro inconviniente: é que aquele que as compara se julga, no mais das vezes, dispensando de orar por si mesmo, pois considera-se livre dessa obrigação, desde que deu o seu dinheiro. Sabemos que os espíritos são tocados pelo fevor do pensamento dos que se interessam por por eles. mas qual pode ser o fervor daquele que paga um terceiro para orar por ele? E qual o fervor desse terceiro, quando delega o mandato a outro, e este a outro e assim por diante? Não é isso reduzir a eficácia da prece ao valor da moeda corrente?

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