domingo, 24 de janeiro de 2010

SOM DO SILÊNCIO: HOMENAGEM AS VÍTIMAS DO HAITI

QUEM TEM MEDO DA VERDADE

Hildegard Angel: Quem tem medo da verdade?

CHEGA UMA HORA
em que não aguento, tenho que falar. Já que quem deveria falar não fala, ou porque se cansou do combate ou porque acomodou-se em seus novos empregos... POIS BEM: é impressionante o tiroteio de emails de gente da direita truculenta, aqueles que se pensava haviam arquivado os coturnos, que despertam como se fossem zumbis ressuscitados e vêm assombrar nosso cotidiano com elogios à ação sanguinária dos ditadores, os quais torturaram e mataram nos mais sórdidos porões deste país, com instrumentos de tortura terríveis, barbaridades medievais, e trucidaram nossos jovens idealistas, n a grande maioria universitários da classe média, que se viram impedidos, pelos algozes, de prosseguir seus estudos nas escolas, onde a liberdade de pensamento não era permitida, que dirá a de expressão!... E AGORA, com o fato distante, essas múmias do passado tentam distorcer os cenários e os personagens daquela época, repetindo a mesma ladainha de demonização dos jovens de esquerda, classificando-os de “terroristas”, quando na verdade eram eles que aterrorizavam, torturavam, detinham o canhão, o poder, e podiam nos calar, proibir, censurar, matar, esquartejar e jogar nossos corpos, de nossos filhos, pais, irmãos, no mar... E MENTIAM, mentiam, mentiam, não revelando às mães sofredoras o paradeiro de seus filhos ou ao menos de seus corpos. Que história triste! Eles podiam tudo, e quem quisesse reclamar que fosse se queixar ao bispo... ELES TINHAM para eles as melhores diretorias, nas empresas públicas e privadas, eram praticamente uma imposição ao empre sariado — coitado de quem não contratasse um apadrinhado — e data daquela época esse comportamento distorcido e desonesto, de desvios e privilégios, que levou nosso país ao grau de corrupção que, só agora, com liberdade da imprensa, para denunciar, da Polícia Federal, para apurar, do MP, para agir, nos é revelado...

DE MODO cínico, querem comparar a luta democrática com a repressão, em que liberdade era nenhuma, e tentam impedir a instalação da Comissão da Verdade e Justiça, com a conivência dos aliados de sempre... QUEREM COMPARAR aqueles que perderam tudo — os entes que mais amavam, a saúde, os empregos, a liberdade e, alguns, até o país — com aqueles que massacraram e jamais responderam por isso.

Um país com impunidade gera impunidade. A história estará sempre fadada a se repetir, num país permissivo, que não exerce sua indignação, não separa o trigo do joio... TODOS OS países no mundo onde houve ditadura constitu íram comissões da Verdade e Justiça. De Portugal à Espanha, passando por Chile, Grécia, Uruguai, Bolívia e Argentina, que agora abre seus arquivos daqueles tempos, o que a gente, aqui, até hoje não conseguiu fazer... QUE MEDO é esse de se revelar a Verdade? Medo de não poderem mais olhar para seus próprios filhos? Ou medo de não poderem mais se olhar no espelho?...



por Hildegard Angel, no Jornal do Brasil

sábado, 23 de janeiro de 2010

A INGRATIDÃO DOS FILHOS E OS LAÇOS DE FAMÍLIA

A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo, e revolta sempre os corações virtuosos. Mas a dos filhos para com os Pais tem um sentido ainda mais odioso. É desse ponto de vista que vamos encarar mais especialmente, para analisar-lhes as causas e os efeitos. Nisto, como em tudo, o Espiritismo vem lançar luz sobre um dos problemas do coração humano .

Quando o Espírito deixa a terra, leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes á sua natureza, e vai no espaço aperfeiçoar-se ou estacionar, até que deseje esclarecer-se. Alguns, portanto levam consigo ódios violentos e desejos de vingança. A alguns deles, porém, mais adiantados, é permitido entrever algo da verdade: reconhecem os funestos efeitos de suas paixões, e tomam então boas resoluções; compreendem que para dirigir-se á Deus, só existe uma senha- caridade. mas não há caridade sem esquecimento das ofensas e das injurias; não há caridade com ódio no coração e sem perdão.
É então que, por um esforço inaudito, voltam o seu olhar para os que detestaram na Terra. À vista deles, porém sua animosidade desperta. Revoltam-se à ideia de perdoar, e ainda mais a de renunciarem a si mesmos, mas sobretudo a de amar aqueles que lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família.
Não obstante, o coração desses infortunados está abalado. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se a boa resolução triunfa, eles oram a Deus, imploram aos Bons Espíritos que lhes dêem forças no momento mais decisivo da prova.
Enfim, depois de meditação e de preces, o Espírito se aproveita de uma corpo para se preparar, na família daquele que ele detestou, e pede, aos Espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, permissão para ir cumprir sobre a Terra os destinos desse corpo que vem de se formar. Qual será, a sua conduta nessa família? Ela dependerá da maior ou menor persistência de sua boas resoluções. O contacto incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual as vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante foste. Assim, segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será o amigo ou inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver.
É assim que se explica esse ódio, essas repulsas instintivas que se notam em certas crianças, e que nenhum fato exterior parece justificar. nada, com efeito, nessa existência, poderia provocar essa antipatia. Para encontrar-lhes a causa, é necessário voltar os olhos ao passado.
Compreendei neste momento o grande papel da Humanidade! Compreendei que, quando gerais um corpo, a alma que se encarna nele, vem do espaço, do mundo espiritual para progredir.
Tomai conhecimento dos vossos deveres, e coloque todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus: é essa missão que vos está confiada, e da qual recebereis a recompensa, se cumprir fielmente. Vossos cuidados, a educação que lhe dardes, auxiliarão o seu aperfeiçoamento e a sua felicidade futura. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará: "Que fizeste da criança confiada a vossa guarda?" Se permaneceu atrasada por vossa culpa, vosso castigo será o de vê-la entre os espíritos sofredores, quando dependia de vós que fosse feliz.
Então vos mesmos, carregados de remorsos, pedireis para reparar a vossa falta; solicitareis uma nova encarnação, para vós e para ela, na qual a cercareis de mais atentos cuidados, e ela cheia de reconhecimento, vos envolverá no seu amor.

Não recusai, portanto, o filho que no berço repele a mãe, nem aquele que te paga com a ingratidão: não foi o acaso que o fez assim e que lhe enviou . Uma intuição imperfeita do passado se revela, e dela podeis deduzir que um ou outro já odiou muito ou foi muito ofendido, que um ou outro veio para perdoar ou expiar, Mães abraçai, pois, a criança que vos causa aborrecimentos, e dizei para vós mesmas "Um de nós duas foi culpada" Merecei as divinas alegrias que Deus concedeu à maternidade, ensinando a essa criança que ela está na Terra para se aperfeiçoar, amar e abençoar Mas, ah! muitas dentre vós, em vez de expulsar por meio da educação os maus princípios inatos, provenientes das existências anteriores, entretém e desenvolvem esses princípios, por descuido ou por uma culposa fraqueza. E, mais tarde, o vosso coração ulcerado pela ingratidão dos filhos, será para vós, desde esta vida, o começo da vossa expiação.

A tarefa não é tão fácil como podereis pensar. Não exige o saber do mundo, o ignorante e o sábio podem cumprir-la e o Espiritismo vem facilitar-la ao revelar a causa das imperfeições do coração humano.

Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior. É necessário aplicar se em estuda-los. Todos os males tem sua origem no egoísmo e no orgulho. Espreitais, pois, os menores sinais que revelam os germes desse vícios, e dedicai-vos a combate-los, sem esperar que eles lancem raízes profundas. Fazei como o bom jardineiro, que arranca os broto daninhos, á medida que os vê aparecerem na árvore. se deixardes que o egoísmo e o orgulho se desenvolvam, não vos espanteis de ser pagos mais tarde pela ingratidão. Quando os pais tudo fazerem para o adiantamento moral dos filhos, se não conseguirem êxito, não têm do que lamentar e sua consciência pode estar tranquila. Quando a amargura muito natural que experimenta, pelo insucesso de esforços, Deus reserva-lhes uma grande, imensa consolação, pela certeza de que é apenas um atraso momentâneo, e que lhe será dado acabar em outra existência a obra então começada e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor.

Deus não faz as provas superiores ás forças daqueles que as pede; só permite as que podem ser cumpridas; se isto não se verifica, não é por falta de possibilidades, mas de vontade. Pois quantos existem, que em lugar de resistir aso maus arrastamentos, neles se comprazem; é para eles que estão reservados o choro e o reger de dentes em suas existências posteriores .


Admirai entretanto a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Chega um dia em que o culpado está cansado de sofrer, e seu orgulho foi por fim dominado, e é então que Deus abre os braços partenais para o filho pródigo, que se lança aos pés. As grandes provas, -escutais bem- são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus. É um momento supremo, e é nele sobretudo que importa não falir pela murmuração, se não se quiser perder o fruto da prova e ter de recomeçar. Em vez de vos queixardes, agradecei a Deus, que vos oferece a ocasião de vencer para vos dar o prémio da vitoria. Então, quando saindo do turbilhão do mundo terreno, entrardes no mundo dos espíritos, serei ali aclamado como soldado que saiu vitorioso do centro da refrega.


De todas as provas, as mais penosa são as que afectam o coração. Aquele que suporta com coragem a miséria das privações materiais, sucumbe ao peso das amarguras domésticas, esmagando pela ingratidão dos seus. é essa uma pungente angústia! mas o que pode, nessas circunstâncias, reerguer a coragem moral, senão o conhecimento das causas do mal, com a certeza de que, se há longas dilacerações, não há desespero eternos, porque Deus não pode querer que a sua criatura sofra para sempre? O que há de mais consolador, de mais encorajador, do que esse pensamento de que depende de si mesmo, de seus próprios esforços, abreviar o sofrimento, destruído em si as coisas do mal? mas para isso é necessário não reter o olhar na Terra e não ver apenas uma existência: é necessário elevar-se pairar ao infinito do passado e do futuro. Então a grande justiça de Deus se revela aos vossos olhos, e esperais com paciência, porque explicaste a vós mesmos o que vos parecia monstruosidade da Terra. Os ferimentos que recebestes vos parecem simples arranhadura. nesse golpe de sua vista lançado sobre o conjunto os laços de família aparecem no seu verdadeiro sentido: não são mais os laços frágeis da matéria que ligam os seus membros, mas os laços duráveis do Espírito, que se perpetuam e se consolidam ao se depurarem, em vez de se quebrarem com a reencarnação.

Os espíritos, cuja similitude de gostos, identidade do progresso moral e a afeição, levam a reunir-se formam famílias. esses mesmos espíritos, nas suas migrações terrenas, buscam-se para agrupar-se , como faziam no espaço, dando origem ás famílias unidas e homogéneas. E se, nas suas peregrinações, ficam momentaneamente separados, mas tarde se reencarnam, felizes por seus novos progressos. mas como não devem trabalhar somente para si mesmos. Deus permite que espíritos menos adiantados venham encarnar-se entre eles, a fim de haurirem conselhos e bons exemplos, no interesse do seu próprio progresso. Eles causam, por vezes, perturbações no meio, mas é lá que está a prova, lá que se encontra a tarefa. Recebei-os, pois, como irmão; ajudai-os, e mais tarde, no mundo dos espíritos, a família se felicitará por haver salvo do naufrágio os que, por sua vez, poderão salvar outros.

























sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SEGREDOS DE UM PAÍS



A PAÇOQUINHA DA DONA MARIA

José Ribamar Bessa Freire10/01/2010 - Diário do Amazonas



Se fores jovem, leitor (a), grava no bronze da tua memória este nome: Thomaz Antônio da Silva Meirelles Neto. Desafia, dessa forma, o ministro da Defesa Nelson Jobim e os comandantes militares, que não querem o funcionamento da Comissão da Verdade prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos.


Diz pra eles que a gente quer saber, entre outras coisas, o que aconteceu com o único amazonense incluído na lista oficial dos desaparecidos na ditadura militar.


- Eles tiraram duas vidas: a minha e a do meu filho. Eu não vivo mais. Hoje só estou vegetando. Eu não esqueço do meu filho nem um minuto. Meu filho era muito inteligente. Era educado. Um príncipe. Todos gostavam dele. Não quero indenização. O que quero é a verdade, nada mais, só quero saber onde está o meu filho - disse dona Maria Meirelles, em entrevista a Jocilene Chagas, em 1995.


Cadê o Thomazinho? Nascido em 1º de julho de 1937, em Parintins (AM), ele, já órfão de pai, mudou para Manaus, em 1950, onde estudou no Colégio Estadual do Amazonas. Viajou em 1958 para o Rio de Janeiro, e ali se destacou no movimento estudantil. Eleito secretário geral da UBES - União de Estudantes Secundaristas, em 1961, atuou no Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE. Em 1963, ganhou bolsa de estudos para estudar na Universidade Lomonosov, em Moscou.



Lá, encontrou uma menina de Manaus, do bairro de Aparecida, Miriam Marreiro, que estudava Direito na Universidade Patrice Lumumba. Com ela teve dois filhos: Larissa, nascida na Rússia, em 1963, e Togo, em 1967, no Brasil, para onde o casal voltou. O pai sequer acalentou o filho nos braços, pois foi logo preso e torturado. Larissa, que falava russo, ficou escondida na casa do ator Carlos Vereza, que conta:


- Uma vez fui à padaria comprar pão e ela começou a pedir doce em russo. Fiquei apavorado porque estávamos no auge da ditadura, e comecei a fingir que era pesquisa de som o que ela estava fazendo... ”

Uma dor

Thomaz, libertado em 1973, entrou na clandestinidade. Foi aí que dona Maria viajou ao Rio. Queria ver o filho, fazer-lhe carinho, aliviar-lhe a dor. Acontece que, perseguido pela polícia, ele estava sempre mudando de esconderijo. O encontro aconteceu tarde da noite, num “ponto” de Copacabana, em fevereiro de 1973:


-Meu filho estava bastante machucado. Tinha muitas marcas no corpo. A gente cria um filho com tanto carinho para que sofra tanto. Ele deitou, colocou a cabeça no meu colo. Conversamos sobre as coisas de Parintins. Ele gostava de paçoca. Até uma paçoquinha levei para ele, feita por mim, no pilão.


Essa foi a última vez que dona Maria viu o filho. Alguns meses depois, em julho, a policia invadiu a casa de Miriam, levando-a para o DOI-CODI na Rua Barão de Mesquita, onde durante dois meses foi submetida à tortura. Quebraram-lhe a boca, os dentes e as pernas. Saiu da prisão amparada por um par de muletas. Mas não disse onde Thomaz estava.



Thomazinho, então dirigente da Ação Libertadora Nacional (ALN), continuou clandestino, até que caiu preso no dia 7 de maio de 1974, e nunca mais foi visto. O Arquivo do DOPS/SP guarda um documento que registra a data da prisão, efetuada “quando viajava do Rio para São Paulo”, o que foi confirmado por Relatório do Ministério da Marinha. Anos depois, o ‘Correio da Manhã’ (03/08/79) noticiou que Thomaz estava numa lista de 14 mortos. Mas somente em 1995, a Lei 9.140/95 o considerou oficialmente desaparecido. Seu corpo até hoje não foi localizado.Os criminosos que torturaram e mataram presos políticos - como Thomaz Meirelles permancem
em impunes, protegidos por uma cortina de silêncio. Mas a discussão acaba de ser reaberta, com o decreto assinado pelo presidente Lula, no último 21 de dezembro, instituindo a terceira etapa do Programa Nacional de Direitos Humanos, que prevê a criação até abril de 2010 da Comissão Nacional da Verdade, encarregada de investigar torturas durante a ditadura militar, o que já deu certo em outros países.

Uma flor


O Lula assinou o decreto? Ah, Margarida, pra quê? O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fantasiado com aquele uniforme verde-oliva de combate com o qual aparece nos telejornais e, apoiando os comandantes militares, decidiu peitar o Lula. Se fosse há 40 anos, dariam um golpe. Agora, ameaçam pedir demissão. Acham impertinência e revanchismo a gente perguntar o que aconteceu com o Thomazinho e exigir que seus torturadores sejam processados.


Outro “general” disfarçado de verde, Alfredo Sirkis, vereador do PV do Rio de Janeiro, concordou com Jobim e com os militares. Parece que a senadora Marina Silva está muito mal acompanhada. A Comissão da Verdade – escreve Sirkis - pode “reviver uma guerra que terminou há 30 anos, criar um elemento de discórdia na relação com as Forças Armadas, trazendo polarizações do passado para complicarem o presente”. Será?


Ou seja, o país não deve discutir seu passado para “não complicar o presente”. Alegam que a Lei de Anistia, de 1979, perdoou todos os crimes políticos, inclusive os cometidos por torturadores. Colocam ambos no mesmo saco. De um lado, os torturados, presos, condenados, perseguidos, mortos, que combatiam um governo militar, ilegítimo, cujos componentes ocuparam o poder à força, rasgando a Constituição e depondo o presidente eleito pelo voto popular. De outro, os torturadores, que sem nada sofrer e pagos pelo Estado tomado de assalto, cometeram crimes imprescritíveis contra a Humanidade.



Querem que a gente finja que não houve nada, que os assassinos de Thomaz já foram perdoados. Mas, perdoar a quem, se estão protegidos pelo sigilo da documentação? Dona Maria não sabe a quem perdoar. Os arquivos dos três centros de informações militares – CIE, CENIMAR e CISA – até hoje uma ‘caixa preta’, não foram recolhidos ao Arquivo Nacional, como manda a lei. Como anistiar quem nunca foi condenado, sequer identificado?


- Não é possível construir uma nação, se não formos capaz de perdoar – escreveu em 1882 o pensador francês Ernest Renan.


É verdade. Mas perdoar não é apagar a memória. Ao contrário, só pode haver perdão, se houver a consciência da ofensa.

Nessa disputa pela atualização da memória, grava, leitor (a), no teu bronze, o nome de Thomaz Meirelles. Compartilha a dor de suas mulheres: Maria, Miriam, suas irmãs Lea, Leny, Leda e Lygia, a filha Larissa, além de Togo. É uma forma de resistir, de dizer que não vamos esquecer a paçoquinha da dona Maria, que morreu há dois anos, sem saber onde colocar uma flor ou acender uma vela para o filho. Quando a Comissão da Verdade localizar o túmulo, nós faremos isso por ela.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

FELIZ 2010

COPACABANA RIO DE JANEIRO. 2 MILHOES DE PESSOAS DE VARIAS PARTES DO MUNDO COMEMORAM A CHEGADA DE 2010.

EXCELENTE ANO DE 2010 Á TODOS!!! SÃO OS VOTOS DO ESTAR BEM CORPO & ALMA.

SEJAM SEMPRE BEM VINDOS !!! EM 2010

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