domingo, 8 de março de 2009

ESPÍRITOS EM DIVERSAS SITUAÇÕES NO MUNDO ESPIRITUAL

Neste post vou relatar algumas situações de Espíritos no mundo espiritual.
Relatos originais.


Extraído do Livro:( O CÉU E O INFERNO) OU (A JUSTIÇA DIVINA)



ESPÍRITOS EM CONDIÇÃO MEDIANA:



O Marquês de Saint-Paul



Falecido em 1860, evocado a pedido de sua irmã, membro da Sociedade de Paris, em 16 de Maio de 1861.



Evocação: R= Estou aqui.


A senhora vossa irmã pediu-nos para vos evocar, embora ela seja médium mas não esta ainda bastante formada para estar bem segura de si mesma.


R= Tratarei de responder o melhor possível.


P= Ela deseja saber primeiro se sois feliz.


R= Estou errante, e esse estado transitório nunca traz nem a felicidade nem o castigo absoluto.


P= Tiveste muito tempo para vos reconhecer?


R= Permaneci muito tempo na perturbação, e dela não sai senão para bendizer a piedade daqueles que não me esqueceram e oram por mim.


P= Podeis avaliar a duração dessas perturbação?


R= Não.


P= Quais foram aqueles dos vossos parentes que reconheceste primeiro?


R= Reconheci minha Mãe e meu pai, que, ambos me receberam no despertar; eles me iniciaram na vida nova.


P= De onde vem que, no fim da vossa moléstia, parecíeis conversar com aqueles que tinheís amado na terra?


R=Porque tive, antes de morrer, a revelação do mundo que iria habitar. Fui vidente antes de morrer, e meus olhos foram velados na separação definitiva do corpo, porque os laços carnais eram ainda muito vigorosos.


P= Como ocorreu que as vossas lembranças da infância pareciam vos retornar de preferência?


R= Porque o começo esta mais próximo do fim do que o meio da vida.


P= Como o entendeis?


R= Quer dizer que os agonizantes se lembram e vêem, como numa miragem de constelação, os Jovens e puros anos...



NOTA:


Provavelmente, é por um motivo semelhante que os velhos, á medida que se aproxima do fim da vida, algumas vezes, tem uma lembrança tão precisa dos menores detalhes de seus primeiros anos.

ESPÍRITO SUICIDA:

Um Ateu:

O Sr. J. B. D... era um homem instruído, mas imbuído, ao último grau, de ideias materialista, não crendo nem em Deus nem em sua alma. Foi evocado dois anos depois de sua morte; na Sociedade Espirita de Paris, a pedido de um dos seus parentes.

Evocação- R= Eu sofro! eu sou réprobo.

P= Fomos instados a vos chamar, de parte de vossos parentes, que desejam conhecer a vossa sorte; podeis dizer-nos se vossa evocação vos é agradável ou penosa?

R= Penosa

P= A vossa morte foi voluntária

R= Sim.

P= Que motivo vos levou a destruir-vos?

R= Aborrecimento da vida sem esperanças.

P= Quiseste escapar das vicissitudes da vida; com isso, ganhastes alguma coisa?

R= Por que o nada não existe?

P= Quereis ser bastante bom para nos descrever a vossa situação, o melhor que pudestes?

R= Sofro por ser obrigado a crer em tudo o que negava. Minha alma é como um braseiro; está horrivelmente atormentada.

P= De onde vos provinham as ideias materialistas que tinheís quando vivo?

R= Numa outra existência fui mau, e o meu espírito foi condenado a sofrer os tormentos da dúvida durante a minha vida; também me matei...

CRIMINOSOS ARREPENDIDOS:

Lemaire.

Condenado á pena de morte, pelo Supremo tribunal de Justiça (criminal) do Aisne, e executado em 31 de Dezembro de 1857; evocado em 25 de Janeiro de 1858.

Evocação- R= Estou aqui.

P= Que sentimento experimentais á vossa visão?

R= A vergonha.

P= Conservaste o vosso conhecimento até o último momento?

R= Sim.

P= Imediatamente após a vossa execução, tiveste conhecimento de vossa nova existência?

R= Estava mergulhado numa perturbação imensa da qual ainda não sai. Senti uma imensa dor, e pareceu-me que meu coração a sofria. Vi rolar não sei o quê ao pé do patibulo: vi sangue correr e a minha dor com isso não se tornou senão mais pungente. - P= Era uma dor puramente física, análogo á que seria causada por uma grande ferida, pela amputação de um membro, por exemplo?

R= Não; figurai-vos um remorso, uma grande dor moral.

P= Quando começastes a sentir essa dor?

R= Desde que estou livre.

P= A dor física, causada pelo suplicio, era sentida pelo corpo ou pelo Espírito?

R= A dor moral estava no meu Espírito; o corpo sentiu a dor física; mas o Espírito separado dela se ressentia ainda.

P= Tivestes o vosso corpo mutilado?

R= Vi não sei quê informe que parecia me terem tirado; entretanto, ainda me sentia inteiro; era eu mesmo.

p= Que impressão essa visão produziu em vós?

R= Sentia muito a minha dor, estava perdido nela...

ESPÍRITOS ENDURECIDOS:

(Bordeaux, 1862)

Um Espíritos se apresenta espontaneamente ao médium sob o nome de Angéle.

P= Arrependei vos de vossas faltas?

R= Não.

P= Então por que viestes até nós?

R= Para tentar.

P= Não sois, pois, feliz?

R= Não. -P= Sofreis?- R= Não- P= O que vos falta?- R= A paz.

NOTA:

Certos espíritos não consideram como sofrimento senão aqueles que lhes lembram as dores físicas, tudo convindo que o seu estado moral é intolerável.

P= Como pode a paz vos faltar na vida espiritual?

R= Um lamento do passado.

P= O lamento do passado é um remorso; portanto, vos arrependestes?

R= Não; é por medo do futuro.- P= Que temeis? - R= O desconhecido.

P= Quereis dizer-me o que fizeste na vossa última existência? isto me ajudará, talvez a vos esclarecer.

R= Nada.

P= Em que posição social estáveis? - R= Mediana.

P= Fostes casada?- R= casada e Mãe.

P= Cumpristes com zelo os deveres dessa dupla posição?

R= Não; meu marido me entediava, meus filhos também.

P= Como se passou a vossa vida?

R= A me divertir na juventude, e a me aborrecer na madureza.

P= Quais eram vossas ocupações?- R= nenhuma.

P= Quem, pois, cuidava de vossa casa - R= A doméstica...

ESPÍRITOS FELIZES:

Sra. Anais Gourdon

Muito jovem, notável pela doçura de seu carácter e pelas qualidades morais mais eminentes, falecida em Novembro de 1860. Ela pertencia a uma família de trabalhadores nas minas de carvão das cercania de SAINT-ETIENNE, circunstancias importante para apreciar a sua posição como Espírito.

Evocação- Estou aqui

P= Vosso marido e vosso pai pediram- me para vos chamar; e ficarão felizes tendo uma comunicação vossa.

R= Também estou bem feliz em dá-la.

P= Por que fostes arrebatada tão jovem da afeição de vossa família?

R= Porque terminais as minhas provas terrestres.

P= Ides vê-los algumas vezes?

R= Oh! estou frequêntimente perto deles.

P= Sois feliz como espírito?

R= Eu sou feliz, eu tenho esperança, eu espero, eu amo; os céus não tem mais espanto para mim, espero com confiança e amor que as asas brancas me abram caminho.

P= Que entendeis por essas asas?

R= Entendo tornar-me espírito puro e resplandecer como os mensageiros celestes que me ofuscam.

NOTA:

As asas dos anjos, Arcanjos, Serafins, que são Espíritos puros, evidentemente, não são senão um atributo imaginado pelos homens para pintar a rapidez com a qual se transportam, porque a sua natureza etéreo lhes dispensa qualquer sustentáculo para percorrer os espaços. Entretanto, eles podem aparecer aos homens com esse acessório para responderem ao seu pensamento, como outros espíritos tomam a aparência que tinham na terra para se fazerem reconhecer.

P= Vossos pais podem fazer alguma coisa que vos seja agradável?

R= Podem, estes seres queridos, não mais se entristeceram pelo quadro de seus pesares, uma vez que sabem que não estou perdida para eles; que o meu pensamento lhes seja doce, leve e perfumado em suas lembranças. Passei como uma flor, e nada de triste deve subsistir de minha rápida passagem.

P= De onde vem que a vossa linguagem seja tão poética e tão pouco em relação com a sua posição que tinheís na terra?

R= É que é a minha alma quem fala. sim eu tinha conhecimentos adquiridos, e frequêntimente, Deus permiti que Espíritos delicados se encarnem entre os homens mais rudes para fazê-los pressentir as delicadeza que alcançarão e compreenderão mais tarde.


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