terça-feira, 28 de julho de 2009

DUELO

Só é verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida uma viagem que tem um destino certo, não se incomoda com as aspereza do caminho, não se deixa desviar nem por um instante da rota certa.
De olhos fixos no seu objectivo, pouco se importa que os obstáculos e os espinhos da senda o ameaça; estes apenas o roçam, se o ferir, e não o impedem de avançar.
Arriscar os dias para vingar uma ofensa é recuar diante das provas da vida; é sempre um crime aos olhos de Deus; e, se não estivésseis tão enleados como estais, vossos preconceitos, seria também uma ridícula e suprema loucura aos olhos dos homens.
É criminosos o homicídio por duelo, o que a vossa própria legislação reconhece.
Ninguém tem o direito, em caso algum, de atentar contra a vida de seu semelhante. Isso é um crime aos olhos de Deus, que nos determinou a linha de conduta.
Nisto, mais que em qualquer outra coisa, sois juízes em causa própria. Lembrai-vos de que vos será perdoado segundo tiverdes perdoado.
Pelo perdão nos aproximamos da Divindade, porque a clemência é irmã do poder.
Enquanto uma gota de sangue correr na Terra pelas mãos dos homens, o verdadeiro Reino de Deus ainda não terá chegado, esse reino de pacificação e de amor, que deve banir para sempre do nosso globo a animosidade, a discórdia e a guerra.
Então, a palavra duelo não mais existirá na nossa língua, senão como uma longínqua e vaga recordação do passado: os homens não admitirão entre eles outro antagonismo, que a nobre rivalidade do bem.

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