quarta-feira, 20 de maio de 2009

SEGREDO DA FELICIDADE

O segredo da felicidade.

Há muito tempo, em uma terra muito distante, havia um jovem rapaz, filho de um rico mercador, que buscava obstinadamente o segredo da felicidade. Já havia viajado por muitos reinos, falado com muitos sábios, sem, no entanto, desvendar tal questão. Um dia, após longa viagem pelo deserto, chegou a um belo castelo no alto de uma montanha. Lá vivia um sábio, que o rapaz ansiava conhecer. Ao entrar em uma sala, viu uma atividade intensa. Mercadores entravam e saíam, pessoas conversavam pelos cantos, uma pequena orquestra tocava melodias suaves. De longe ele avistou o sábio, que conversava calmamente com todos os que o buscavam. O jovem precisou esperar duas horas até chegar sua vez de ser atendido. O sábio ouviu-o com atenção, mas lhe disse com serenidade que naquele momento não poderia explicar-lhe qual era o segredo da felicidade. Sugeriu que o rapaz desse um passeio pelo palácio e voltasse dali a duas horas. “Entretanto, quero pedir-lhe um favor.” – completou o sábio, entregando-lhe uma colher de chá, na qual pingou duas gotas de óleo. “Enquanto estiver caminhando, carregue essa colher sem deixar o óleo derramar.” O rapaz pôs-se a subir e a descer as escadarias do palácio, mantendo sempre os olhos fixos na colher. Ao fim de duas horas, retornou à presença do sábio. “E então?” – perguntou o sábio – “você viu as tapeçarias da pérsia que estão na sala de jantar? Viu o jardim que levou dez anos para ser cultivado? Reparou nos belos pergaminhos de minha biblioteca?” O rapaz, envergonhado, confessou não ter visto nada. Sua única preocupação havia sido não derramar as gotas de óleo que o sábio lhe havia confiado. “Pois então volte e tente perceber as belezas que adornam minha casa.” – disse-lhe o sábio. Já mais tranqüilo, o rapaz pegou a colher com as duas gotas de óleo e voltou a percorrer o palácio, dessa vez reparando em todas as obras de arte. Viu os jardins, as montanhas ao redor, a delicadeza das flores, atentando a todos os detalhes possíveis. De volta à presença do sábio, relatou pormenorizadamente tudo o que vira. “E onde estão as duas gotas de óleo que lhe confiei?” – perguntou o sábio. Olhando para a colher, o rapaz percebeu que as havia derramado. “Pois este, meu rapaz, é o único conselho que tenho para lhe dar: – disse o sábio – o segredo da felicidade está em saber admirar as maravilhas do mundo, sem nunca esquecer das duas gotas de óleo na colher.” Pense nisso!
Vivemos em um mundo repleto de atrativos e de propostas sedutoras. Há milhares de maneiras de gastarmos nosso tempo, nossa saúde, nossa vida, enfim, com coisas belas e agradáveis, mas que, na verdade, podem nos afastar de nossos reais objetivos. Cada um de nós carrega na consciência as missões que nos foram confiadas por Deus e as diretrizes para que as cumpramos satisfatoriamente. É imprescindível alcançarmos o equilíbrio para que possamos viver no mundo, sem nos deixarmos seduzir por ele. É urgente que tenhamos discernimento para que possamos admirar e aprender através das coisas do mundo, sem que negligenciemos, ou até mesmo abandonemos, nossos verdadeiros e inadiáveis deveres.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro como Atirar vacas no precipício, de Alzira Castilho, pp. 58/60.Fonte:

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